Destiny 2 – Prévia de narrativa

abr. 30, 2018 - Destiny Dev Team

Diretor de Jogo, Christopher Barrett:
Como vocês sabem, nós temos trabalhado com a comunidade de Destiny para alterar e melhorar todos os aspectos da experiência de Destiny 2. Isso inclui um comprometimento com o tom, história e folclore de Destiny, tanto dentro quanto fora do jogo.

Esta semana, eu gostaria de mandar um salve para o empenhado grupo de narrativa, quem tem colaborado comigo e com o resto da equipe de desenvolvimento em um monte de novos conteúdos de história que estarão chegando em breve (e alguns casos, bem em breve). Apesar de eu não poder contar sobre tudo em que estamos trabalhando juntos, fico feliz de anunciar que mais um quadrinho digital (grátis), A Mente Bélica, está a caminho de vocês esta semana (nota do tradutor: versão em PT-BR vai ter que esperar só mais um pouco), escrito por Mark Waid (Dr. Estranho) e David Rodriguez (Mente Bélica), com arte de Kris Anka (Fugitivos). Espero que curtam ler a história tanto quanto eu.


E se a semana for muito tempo pra esperar, tenho mais boas notícias: vocês podem se juntar a nós na celebração do lançamento de  Destiny 2: A Mente Bélica  com alguns trechos de narrativa novos e originais, já disponíveis aqui.
 
<3 Chris

[Nota do editor: texto revisado para refletir corretamente a data de lançamento dos quadrinhos.] 


Tyra



"Fantasma, abra um novo arquivo. Notas de pesquisa TK-48725.8, Categoria: Clovis Bray."

"Não gosto quando você me chama assim."

"O que, 'Fantasma'? Ah, vai. Nós estamos tendo essa discussão há mais de três séculos. Fantasma é o que você é, meu amigo. Se você quer tanto um nome, escolha um você mesmo."

"Talvez faça isso. Agora que todos estão de volta na Torre e nós ainda estamos aqui, eu tenho tempo de sobra para considerar qual deve ser meu nome."

"Pode abrir o meu arquivo enquanto pondera sobre as possibilidades?"

"Se você insiste."

"Obrigada. Notas de pesquisa TK-48725.8. Dados recuperados de Libérpole — aterrissagem Bray. Kirren encontrou um depósito de núcleos de dados intactos lá. Trouxe de volta pouco antes do ataque à Cidade.

São esses pequenos milagres que me intrigam tanto… fragmentos de memória, congelados em silício e quartzo, presos em um momento que sobrevive ao fim da civilização, séculos de ruína e predações de exércitos invasores, para acabarem sendo recuperados como destroços de uma segunda guerra. O fato desse depósito ter conseguido sobreviver ao Colapso já é de se admirar, e então à Guerra Vermelha? A probabilidades de tal ocorrência são…"

"Tyra?"

"Sim, Fantasma?"

"Huum. Você tá devaneando. De novo. Você me disse pra te avisar."

"Obrigada. Como estava dizendo, esses dados foram recuperados há mais de seis meses, mas só agora estão sendo decifrados — 2,6 exabytes de documentos e projetos já foram decodificados. A princípio, parece que a maior parte é detrito do trabalho de Bray: notas de revisão, registros de pagamento, memorandos. Até achei algumas notas bem interessantes sobre um design de sistema de propulsão que eu já mandei para a Amanda, e há algumas mensagens entre as irmãs que irão iluminar o trabalho do Mestre Melivander sobre a história de Clovis Bray.

Mas então eu achei algo extraordinário. Os registros estavam fragmentados — alguns arquivos haviam sido parcialmente excluídos —, mas há dados suficientes para indicar que o complexo Bray na Bacia de Hellas era maior do que imaginado previamente."

"Bacia de Hellas? O local turístico?"

"Esse mesmo. E apesar de sabermos que havia uma BrayTech Futurescape lá por motivos promocionais — Bray até tinha tours guiados por IA — tudo indicava que, caso alguma pesquisa tivesse sido realizada lá, provavelmente era uma fachada: projetos de baixo nível como a criação de equipamentos melhores para o clima frio e coisas do tipo.

Mas se esses registros estiverem corretos, o complexo operava em uma escala muito maior. Poderia ter sido onde se iniciou o desenvolvimentos das Mentes Bélicas. Talvez até a central do próprio Rasputin. Pode ter sido o lugar em que a Mente Bélica nasceu."

"Você deduziu tudo isso a partir de alguns arquivos fragmentados? Isso vai ser igual àquela vez em que você achou que tinha identificado uma segunda Mente Bélica? Nós passamos uma década procurando pela câmara de Carlos Magno."

"Eu estava correta sobre a existência de Carlos Magno, só não estava certa sobre o que era. Se não tivéssemos realizado aquela pesquisa, não saberíamos nada sobre as submentes."

"O Rahool ainda discorda."

"O Rahool precisa tirar a cabeça dura daqueles engramas dele. É por isso que Guardiões buscam fragmentos da Era Dourada! Nós somos descendentes de uma civilização perdida. Só compreendendo nosso passado podemos assimilar nosso presente. Como nosso mundo chegou a este ponto. E cada artefato que encontramos nos ajuda a interpretar o que já sabemos. Adiciona camadas. Novas identidades. Estamos realizando experimentos no laboratório do tempo, testando cada observação através de um crisol de evidências.

Às vezes, nossas conclusões mudam. E com cada mudança, aprendemos mais sobre as origens delas. A próxima mudança em nossas percepções? Talvez esteja em Marte."


Apócrifos



No início, eram cinco.

Yul, o Verme Honesto. Akka, o Verme dos Segredos. Eir, o Zelador da Ordem. Ur, o Sempre-Faminto Xol, Vontade de Milhares. E eles eram Virtuosos.

Com o tempo, Yul proferiu a verdade e barganhou bem. Seus filhos escaparam do Fundamento e espalharam-se através dos mundos. Eles seguiram os mundos das Profundezas e derrubaram muitos agentes dos Céus. Eles tomaram, e parte do que tomaram foi retornada para os Virtuosos.

Eles fortaleceram-se.

Com o tempo, Auryx aprendeu os segredos de Akka. Que ele era mais forte que os deuses. Que eles haviam dado o poder deles e, com a dádiva, ele foi diminuído. Auryx ergueu-se e exterminou Akka. Ele tomou, e fortaleceu-se com o poder de Akka.

Após os cinco virarem quatro, Yul falou.

Contemplem minha majestade. Contemplem minha força esmagadora, meu tamanho desconcertante, minhas escamas que brilham com um lustre opressivo.

Contemplem minhas asas, que geram ventos que varrem as estrelas.

Juntos, nós levamos vida ao Fundamento, e fizemos com que essa vida prosperasse. As protegemos da extinção. Eles são nossos hospedeiros, e nos somos sua força.

Mas nós não damos. Nós tomamos. Pois essa e a luta pela existência. Nós não somos imunes. Os mais fracos dentre nós devem submeter-se aos mais fortes.

E Xol sentiu [medo|artimanha], pois sabia que com o tempo Yul viraria os dentes para Xol.

Mas Akka não era o único a ter um segredo. Xol tinha um pacto com uma criança esquecida, abandonada por seu pai.

O amaldiçoado tomou uma fração do poder de Xol e, em troca, Xol tomou o coração da criança, cujo nome havia sido riscado da Tumba do Mundo. O órfão chamou vida a partir da morte e alimentou Xol com esse poder.

Juntos, eles encontrariam um novo mundo para governar.

E os cinco viraram três.

Eu, a criança, me torno [arauto|morte], grave essas palavras. Eles não são do Desalento. Eles são meus.


Criptoarque



De "Incidentes do Colapso e Pós-Colapso em Marte: Uma Investigação das Mudanças Ecológicas nas Regiões Polares", por Mestre Reinhart, Criptoarque

Nós temos registros detalhados sobre a expedição enviada à Lua para batalhar contra a raça alienígena conhecida como Colmeia, os resultados calamitosos desse ataque, e a interdição lunar subsequente que só foi revogada após encontrarmos evidência de que a interdição não havia restringido a movimentação da Colmeia (Rahool et al., "O Grande Desastre: Do Lago Queimante à Boca do Inferno").

No entanto, há indícios de que apesar desse evento ter sido o primeiro conflito da Vanguarda com a Colmeia, a lua terrestre não foi o primeiro local em que a Colmeia entrou em contato com assentamentos humanos.

Registros da Era Dourada detalham uma rede extensiva de estruturas da Clovis Bray em Marte. A vasta cidade de Libérpole serviu como sede da Bray, no entanto, linhas de transporte que saem dela em direção ao planeta inteiro revelam múltiplos outros complexos, incluindo o Centro de Saúde no Panorama e uma Futurescape extensiva próxima ao Núcleo Terminal, na região da Bacia de Hellas.

É esse complexo Futurescape que interessa quando consideramos os efeitos de mudanças ecológicas nas eras do Colapso e pós-Colapso. Apesar de haverem registros mostrando que, logo após a partida do Viajante, a região tinha um clima mesotérmico com uma temperatura média de 20°C, as zonas ecológicas de hoje variam de boreal a calota de gelo próximo ao polo planetário, com ventos severos e uma espessa camada de gelo que torna difícil a exploração.

O que causou mudanças tão drásticas ao clima? Se houvesse relação com a cessação da energia do Viajante durante o Colapso, teríamos visto efeitos similares em outros planetas do sistema solar, o que não ocorreu.

Se não podemos buscar causa no Viajante, então devemos contemplar outros fatores externos. Dados de satélite recuperados revelam que a mudança climática na região da Bacia de Hellas foi rápida demais para ter sido resultado de danos ecológicos de longo-prazo, como ocorreu na Terra na era pré-Viajante. Na verdade, dados do satélite bélico J54987F122S, que caiu e foi recuperado perto de Libérpole, indicam que a mudança climática em Marte pode ter ocorrido ao longo de meros dias. Entretanto, esse satélite bélico foi severamente danificado durante a reentrada, então os dados podem ser suspeitos. Até que tenhamos uma fonte secundária para corroboração, isto é mera suposição.

Não obstante, se aceitarmos os dados de J54987F122S, temos que considerar um evento endotérmico externo, causado por mais artificiais, em uma escala tão massiva que alterou o clima inteiro da região.

Por que isso teria acontecido? Nossa única fonte é J54987F122S e, de acordo com os dados, uma invasão de entidades biológicas desconhecidas, incluindo uma com tamanho enorme, foi detectada na região imediatamente antes do evento. Poderia isso ter sido um ataque com uma arma de origem desconhecida na era do Colapso?

Até o presente momento, Guardiões não chegaram à Bacia de Hellas e nós não tivemos os recursos para exploração remota. Mas se pudéssemos escavar o gelo, o que encontraríamos?

Ana,

Eu te disse que lembrava de um artigo sobre a pesquisa de Marte que estávamos realizando no Setor Owl. Isso pode ser o que está procurando — se puder desenterrar. 

Reinhart continua por algumas centenas de páginas a partir daí — posso enviar a coisa toda para Jinju se estiver interessada —, mas suas conclusões estão totalmente erradas. Ele nunca menciona a ÚNICA COISA que poderia ter feito isso.
Há algo na Bacia de Hellas, E é você quem vai encontrar.

— Camrin


Zavala



Ikora confirmou meus temores. O gelo de Marte está derretendo.

Ela diz que foi a Luz do Viajante — que quando ele despertou, emitiu uma onda de Luz que alterou tudo que tocou.

Eu não sei no que acreditar. Eu olho para o Viajante agora, brilhante e vivo, e me lembro de todas as vezes em que implorei para que ele respondesse. Que ajudasse seus escolhidos com nossos desafios.

Eu me lembro de seu silêncio. Mesmo agora, ele não fala… ou se fala, não há ninguém para escutar e compreender suas palavras.

Ikora diz que nós não podemos compreender o Viajante, nem seus desejos. Eles são distantes demais dos nossos próprios. Mas então, podemos confiar que algo que não nos compreende nos proteja? Ou será que devemos proteger a nós mesmos?

Acho que devemos. Eu tenho vasculhado os bancos de dados — registros que nem os Criptoarques podem acessar — em busca dos dados que o Porta-Voz achou perigosos demais para serem disseminados.

Eu sei o que há em Marte.

Aquilo que está soterrado sob o gelo é perigoso demais para permitirmos que volte ao nosso mundo. Ele não pensa como nós. Ele pondera e julga nossa existência com base em cálculos impiedosos, e nem sabemos qual é seu objetivo. Um dia, há muito tempo, pode até ter sido criado como uma ferramenta para salvar a humanidade. Mas ele é muito mais que uma máquina agora.

E está quebrado.

Quando Saladino selou todos os registros relacionados à SIVA, ele também pôs uma tranca em certos dados relacionados ao que jaz escondido em Marte. Nós estávamos às cegas naquela época, no lugar errado e na hora errada, chamando algo que não podia nos responder nem compreender. E Saladino deixou isso acontecer, pois nossos fracassos eram mais seguros do que a alternativa.

Mas as trancas estão abertas agora. Eu estudei os monstros do nosso passado para me preparar para as batalhas do nosso futuro. Eu sei como alcançar esse monstro em particular antes mais que alguém consiga.

Ikora está intrigada demais com os conhecimentos que ele possui para notar os perigos. O Cayde está desperdiçando seu tempo enchendo a Prisão dos Anciões. Cabe a mim manter esse segredo enterrado.

Nos manter à salvo.


Rasputin



218CBI800JRS101

AI-COM/RSPN: RECURSOS//POLARIS//IMPERATIVO

DIRETRIZ DE AVALIAÇÃO IMEDIATA

Este é um IMPERATIVO DE RECURSOS POLARIS (seguro/CONFIDENCIAL)

Este é um ALERTA INTERNO.

Múltiplos axônios Polaris distribuídos relatam padrões elevados de neutrinos estéreis correlacionados ao aumento de AVGPOLARISTEMP. Análise aerosísmica reativada detecta grandes quantidades de quitina orgânica não-nativa.

Os marcadores de evento do axônio 5-Sierra inclui evidência de parasitas vermiformes (NÃO CONFIRMADO/VERMELHO)

Uma hipótese sobre mecanismo do evento (IDENTIFICAÇÃO ACAUSAL). Possibilidade de EVENTO DE MORTE DE CIVILIZAÇÃO é NÃO-ZERO.

Verificar variável AVGPOLARISTEMP

>AVGPOLARISTEMP maior que ou igual a PONTODEFUSÃO

Estou avaliando os recursos VOLUSPA e CARLOSMAGNO disponíveis.

Estou assumindo controle de defesas atmosféricas (Satélite bélico ABRANGENTE) e invocando PALIÇADA AURORA.


Fiquem de olho no nosso próximo webcomic, A Mente Bélica, na quarta-feira, 2 de maio em comics.bungie.net (versão traduzida em Português em breve)

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